No texto anterior eu falei sobre tantas coisas novas que aprendi e que tanto estão colaborando para meu amadurecimento e minha evolução pessoal e espiritual.
Acho que uma das coisas mais importantes que aprendi, é o que Joan Garriga chama de assentir.
De forma muito simples, assentir é compreender e aceitar que alguns fatos de nossa vida são postos!
Ou seja, teremos que passar por eles e não há o que modifique isso. Nas Constelações Familiares os chamamos de destino.
Algumas pessoas tem muita dificuldade em assentir. Seja porque acham que podem controlar tudo e quando não o fazem, se rebelam, saem "de seu lugar" e sua vida patina.
Outras apegam-se a esses fatos e fazem dele sua ferramenta para serem "coitadinhas".
Um exemplo? Filhos que perdem seus pais. Alguns filhos acham que a perda do pai os obriga a irem para o lugar desse pai e se responsabilizar completamente por mãe e irmãos. Ou um dos filhos, geralmente o com menos idade, por ter sido exposto a essa fatalidade tão cedo, é tratado como coitadinho e pelo resto da vida, assume que todos devem vê-lo assim: parentes, amigos, namorados, maridos.
Como é difícil lidar com esse fato não é? Afinal essa fatalidade gera essa compaixão, sabemos disso, nas constelações aprendemos que :"tudo acontece por amor". Mas sabemos também o quanto o amor excessivo pode sufocar e tirar possibilidades das pessoas.
Para tal é preciso atender ao equilibrio entre dar e receber, um dos pilares que sustenta nosso viver. Se o filho se responsabiliza por tudo, está dando demais. Se outro filho é sempre o coitadinho, está recebendo demais. Quando esse desequilibrio se coloca, as relações tensionam e se rompem.
Uma das formas de reequilibrar esse dar e receber, é assentir. Fatalidades acontecem, se eu tenho conhecimento do meu lugar, do quanto dou e de quanto recebo, terei mais facilidade em assentir a dor que esse acontecimento me causou e avançar com minha vida.
E o caminho a ser seguido, segundo Ricardo Mendes (+ Amor -Medo , Sim à Vida Editora) "será na direção das TRES CONCORDÂNCIAS: concordar com o mundo como ele é; concordar com o Outro com a precariedade que ele apresenta; concordar comigo mesmo como sou."
Ao utilizarmos tres concordancias como ferramenta, elaboramos em nós, o olhar do amor e com ele poderemos ter mais facilidade em assentir.