domingo, 11 de novembro de 2012

Sobre barrigas e outras vaidades....

Acabei  de ler um texto sobre barrigas (http://mulheresempoderadas.wordpress.com/2012/11/11/barriga-plana-ou-barriga-de-mulher/) onde discutia-se mais uma vez a opressão causada pela aparência imposta pela sociedade em geral.
Guardadas as devidas proporções das afirmativas sobre ter ou não partos/ cólicas melhores ou piores, penso que as colocações são muito pertinentes.
A frase a seguir, chamou-me demais a atenção :"Ter barriga e ser mulher caminham juntas."
Assim como envelhecer e ter rugas também o fazem.
São sinais que vão ficando em nós, memorizando etapas ou fatos de nossas vidas.
Por isso penso que mais do que relaxar a barriga, há a necessidade de pensarmos o por que as pessoas precisam tanto evitá-los, tirá-los ou atenuá-los com cremes e cirurgias e não com suas avaliações internas.
Penso que talvez seja por isso que vemos tantas pessoas 'deformadas' ao perseguir com tanto afinco a imagem ideal. Altera-se o exterior, mas o interior continua lá, intacto, sem reavaliações.
O texto é bem interessante, vale a pena a leitura.
É só clicar no link acima.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Esperança....


Esperança sempre

Contempla o Céu, nos dias em que a sombra te invada o coração, e pensa na inalterabilidade do Amor Infinito que verte do Criador para todas as criaturas.
O mesmo Sol que te aquece e nutre é aquele mesmo Sol que nutriu e aqueceu bilhões de criaturas, na Terra, no curso dos séculos incessantes.
Quase todas as estrelas que hoje se te descerram aos olhos são as mesmas que acompanharam os homens, na queda e no levantamento de civilizações numerosas.
Reflete nisso e não te deixes arrasar pelas aflições transitórias que te visitam com fins regenerativos ou edificantes.
É provável que tribulações diversas te sigam no encalço.
Agüentas incompreensões e dificuldades em conta própria; toleras lutas e problemas que não criaste; carregas compromissos e constrangimentos, a fim de auxiliar aos entes queridos; ou erraste, talvez, e sofres as conseqüências das próprias culpas.
Não importa, entretanto, o problema, embora sempre nos pesem as responsabilidades assumidas, quaisquer que sejam. Desliga-te, porém, de pessimismo e desânimo, recordando que a vida, ¾ mesmo na vida que desfrutas, ¾ em suas origens profundas, não é obra de tuas mãos.
O poder que te dotou de movimento, que te desenvolveu as percepções, que te induziu ao impulso irresistível do amor e que te acendeu no pensamento à luz do raciocínio, guarda recursos suficientes para retificar-te, suplementar-te as energias, amparar-te na solução de quaisquer empresas difíceis ou reaver-te de qualquer precipício, onde hajas caído, em desfavor de ti mesmo. Esse mesmo poder da vida que regenera  o verme contundido e reajusta as árvores podadas nunca te relegaria à sombra da indiferença. Entretanto, para que lhe assimiles o apoio plenamente, é imperioso te integres no sistema do trabalho no bem de todos, sem te renderes à inutilidade ou à deserção.
Lembra-te de que o verme ferido e as árvores dilaceradas se refazem por permanecerem fiéis ao trabalho que a sabedoria da vida lhes conferiu pela natureza.
Recordemos isso e seja de que espécie for a provação que te amargue as horas, continua trabalhando na sustentação do bem geral, porquanto se te ajustas ao privilégio de servir, seja qual seja a prova em que te encontras, reconhecerás, para logo, que o amor é um sol a brilhar para todos e que ninguém existe sem esperança e sem Deus
(Do livro “Mãos Unidas”, pelo Espírito Emmnuel - psicografia de Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 27 de março de 2012

Sobre a idade....

Li este texto que foi elaborado após Chico Buarque ter feito uma música para seu novo amor, muito mais novo que ele. Òtimo texto que traduz bem como nos sentimos atualmente.





Um tempo sem nome

Com seu cabelo cinza, rugas novas e os mesmos olhos verdes, cantando madrigais para a moça do cabelo cor de abóbora, Chico Buarque de Holanda vai bater de frente com as patrulhas do senso comum. Elas torcem o nariz para mais essa audácia do trovador. O casal cinza e cor de abóbora segue seu caminho e tomara que ele continue cantando “eu sou tão feliz com ela” sem encontrar resposta ao “que será que dá dentro da gente que não devia”.Afinal, é o olhar estrangeiro que nos faz estrangeiros a nós mesmos e cria os interditos que balizam o que supostamente é ou deixa de ser adequado a uma faixa etária. O olhar alheio é mais cruel que a decadência das formas. É ele que mina a autoimagem, que nos constitui como velhos, desconhece e, de certa forma, proíbe a verdade de um corpo sujeito à impiedade dos anos sem que envelheça o alumbramento diante da vida .Proust, que de gente entendia como ninguém, descreve o envelhecer como o mais abstrato dos sentimentos humanos. O príncipe Fabrizio Salinas, o Leopardo criado por Tommasi di Lampedusa, não ouvia o barulho dos grãos de areia que escorrem na ampulheta. Não fora o entorno e seus espelhos, netos que nascem, amigos que morrem, não fosse o tempo “um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho“, segundo Caetano, quem, por si mesmo, se perceberia envelhecer? Morreríamos nos acreditando jovens como sempre fomos.A vida sobrepõe uma série de experiências que não se anulam, ao contrário, se mesclam e compõem uma identidade. O idoso não anula dentro de si a criança e o adolescente, todos reais e atuais, fantasmas saudosos de um corpo que os acolhia, hoje inquilinos de uma pele em que não se reconhecem. E, se é verdade que o envelhecer é um fato e uma foto, é também verdade que quem não se reconhece na foto, se reconhece na memória e no frescor das emoções que persistem. É assim que, vulcânica, a adolescência pode brotar em um homem ou uma mulher de meia-idade, fazendo projetos que mal cabem em uma vida inteira.Essa doce liberdade de se reinventar a cada dia poderia prescindir do esforço patético de camuflar com cirurgias e botoxes — obras na casa demolida — a inexorável escultura do tempo. O medo pânico de envelhecer, que fez da cirurgia estética um próspero campo da medicina e de uma vendedora de cosméticos a mulher mais rica do mundo, se explica justamente pela depreciação cultural e social que o avançar na idade provoca.Ninguém quer parecer idoso, já que ser idoso está associado a uma sequência de perdas que começam com a da beleza e a da saúde. Verdadeira até então, essa depreciação vai sendo desmentida por uma saudável evolução das mentalidades: a velhice não é mais o que era antes. Nem é mais quando era antes. Os dois ritos de passagem que a anunciavam, o fim do trabalho e da libido, estão, ambos, perdendo autoridade. Quem se aposenta continua a viver em um mundo irreconhecível que propõe novos interesses e atividades. A curiosidade se aguça na medida em que se é desafiado por bem mais que o tradicional choque de gerações com seus conflitos e desentendimentos. Uma verdadeira mudança de era nos leva de roldão, oferecendo-nos ao mesmo tempo o privilégio e o susto de dela participar.A libido, seja por uma maior liberalização dos costumes, seja por progressos da medicina, reclama seus direitos na terceira idade com uma naturalidade que em outros tempos já foi chamada de despudor. Esmaece a fronteira entre as fases da vida. É o conceito de velhice que envelhece. Envelhecer como sinônimo de decadência deixou de ser uma profecia que se autorrealiza. Sem, no entanto, impedir a lucidez sobre o desfecho.”Meu tempo é curto e o tempo dela sobra”, lamenta-se o trovador, que não ignora a traição que nosso corpo nos reserva. Nosso melhor amigo, que conhecemos melhor que nossa própria alma, companheiro dos maiores prazeres, um dia nos trairá, adverte o imperador Adriano em suas memórias escritas por Marguerite Yourcenar.Todos os corpos são traidores. Essa traição, incontornável, que não é segredo para ninguém, não justifica transformar nossos dias em sala de espera, espectadores conformados e passivos da degradação das células e dos projetos de futuro, aguardando o dia da traição.Chico, à beira dos setenta anos, criando com brilho, ora literatura , ora música, cantando um novo amor, é a quintessência desse fenômeno, um tempo da vida que não se parece em nada com o que um dia se chamou de velhice. Esse tempo ainda não encontrou seu nome. Por enquanto podemos chamá-lo apenas de vida.
Rosiska Darcy de Oliveira (escritora), O Globo, 21/01/12


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Realizando sonhos...

Desde pequenos temos o costume de imaginar as coisas que gostaríamos de ser, de fazer, de conquistar.
Eu sei que voce já fez e faz isso.
E sei também que alguns deles voce tem certeza absoluta que realizará.
Pois então, hoje eu comemoro 26 anos que dei início  à realização  de um sonho.
Eu sempre quis ser mãe e isso era tão certo em mim que não perdia muito tempo  pensando  se seria "assim ou assado" porque eu sabia que quando acontecesse eu saberia o que fazer. Era uma certeza.
Minhas gestações não foram planejadas, mas foram todas muito bem vindas.
Eu tinha em mente que faria de tudo para participar das conquistas de meus filhos, desde o início.
Dei os banhos, a primeira sopa, os primeiros passos, as primeiras palavras, ensinei-os a ler e escrever, ir para escola, pronto socorros, viagens, namorados, até mesmo levei  a noiva ao casamento.
Alguém conhece uma mãe que tenha feito isso ??
A 26 anos nascia minha primeira estrela, a Bruna.
Bebe linda, garota alegre, adolescente calma e hoje uma linda mulher , dona de casa.
Porém a companheira de sempre, desde pequenina estamos juntas para tudo.
Nos "programas de meninas", nos filmes com pipoca onde choramos juntas, nos silencios da compreensão mútua.
Hoje ela faz 26 anos, este ser iluminado que Deus enviou  a essa familia,que é tão amada por todos nós.
E desejamos que ela seja sempre essa filha, irmã, esposa, amiga tão querida por todos e muito amada por nós.
Tenho certeza que daqui  a algum tempo, será ela a escrever sobre a alegria do aniversário  de um filho e tenho certeza também que quando isso acontecer, ela estará tão alegre e feliz como eu estou.


Minhas palavras nunca conseguirão expressar tudo o que tenho em meu coração por voce minha amadissima Nuna.
Que voce seja muito abençoada e feliz e não esqueça nunca o quanto a amo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um sonho a ser alcançado.....


Amor maduro

O amor maduro é a forma sublime de ser adulto.
O amor maduro não é menor em intensidade. Ele  é apenas mais silencioso. Não é menor em extensão. Ele é apenas mais definido,  colorido e poetizado. Não carece de demonstrações: presenteia com a verdade do sentimento. 

Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes. O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o  prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao  amor maduro. 

Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro, está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e espírito. 

Carne intensa, alegre, criança, redescobrimento das melhores dimensões pessoais e alma refeita, abastecida de todas as proteções necessárias, um enorme empório de afinidades acima e além de meras concordâncias intelectuais. Os problemas daí derivados, são problemas da felicidade. 

Problemas, sim, alguns graves. Mas estalantes de um sentimento bom. Na infelicidade está a agressão, o desamor, o não conseguir, a rejeição, a dor, o cansaço, a troca com perda, a obrigação, o tédio, o desencontro, o insulto, o ciúme machucante, as futricas de família, as peles se eriçando e os toques que dão susto. 

Os problemas da infelicidade não devem ser trazidos para a trama do amor maduro. O amor maduro é sólido e definido. Mas estranhamente se recolhe quando invadido pelos problemas da infelicidade, que fazem a glória do amor imaturo. Acaba acabando. 

O amor maduro não disputa, não cobra, pouco pergunta, menos quer saber. Teme, sim, mas não faz do temor argumento. Basta-se com a própria existência.

Alimenta-se de instante presente valorizado e importante, porque redentor de todos os equívocos do passado. O amor maduro é a regeneração de cada erro. Ele é filho da capacidade de crer e continuar. É sentimento que se manteve mais forte depois de todas as ameaças, guerras, inundações e epidemias. 

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois.

Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados cheios de sementes. Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue. Não persegue, recebe. Não exige, dá. Não pergunta, adivinha. Existe para fazer feliz. Só teme o que cansa, machuca ou desgasta. 

O amor maduro não precisa de armaduras, coices, cargos, iluminuras, enfeites, celofane, papel de presente, flâmulas, hinos, discursos ou medalhas: vive de uma percepção tranqüila da essência do outro. 

Deixa escapar a carência sem que ela pareça paupérrima. Demonstra a necessidade sem que ela apareça voraz. Define uma dependência sem que ela se manifeste humilhante. O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão. Basta-se com o todo do pouco, não precisa  nem quer o nada do muito. 

Está relacionado com a vida e sua incompletude, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso. É feito de compreensão, renda, música e mistério. É a forma sublime de ser adulto. E, (sem jogo de palavras) a forma adulta de ser sublime e ser criança. 

O amor maduro, é uma relação pacificamente com o que dentro de nós não desistiu de crer, querer, sentir e esperar; do que é maior que a experiência, a dor, o cansaço e os apelos para desertar.

 E o sol de outono: nítido mas doce.

 Claro mas sem ofuscar. Suave mas definido. 

Discreto mas certo. Um sol que aquece até queimar. 



*Desconheço  a autoria

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012



COMPREENDENDO O AGORA - 2012 – O ANO DO DRAGÃO   
Mensagem do Conselho dos 12, através de Selácia
25 de Janeiro de 2012

Viver agora é diferente de qualquer outro momento. Se vocês forem como a maior parte das pessoas, têm mais perguntas do que respostas, e se questionam sobre o que virá em seguida.
A seguir estão cinco temas fundamentais associados a estar vivo durante 2012. Cada um se aplica a vocês pessoalmente, enquanto também se relaciona com a humanidade como um todo. Estes temas universais causam um impacto nas pessoas em todas as etapas do crescimento espiritual. O efeito pode ser experienciado consciente ou inconscientemente, dependendo de quanto a pessoa está desperta ao que está acontecendo.
À medida que vocês consideram o que vem a seguir, convidem a sua sabedoria interior a lhes falar sobre o que é especialmente relevante para vocês agora. Meditem sobre isto. Tragam as idéias ao seu estado de sono nos próximos dias, convidando uma sabedoria interior em sua vida e sobre os próximos passos ideais.

CINCO TEMAS PARA 2012

1 – TRANSFORMAÇÃO

Este é um momento de transformação radical da consciência humana, afetando pessoas em todo o planeta. A mudança em curso é tão grande que até a pessoa mais avançada terá desafios em permanecer calma e centrada. Se vocês se lembrarem regularmente disto, será mais fácil de lidar.
Vocês podem ser desafiados, mas não enfraqueçam. Sua voz interior está ajudando a se tornarem mais conscientes de seu papel único na mudança, e enquanto isto ocorre, as suas prioridades mudam.
Vocês sabem que devem tomar medidas para ver as mudanças que querem. Não são meros espectadores, reclamando do caos e comentando sobre como as coisas estão estranhas. Vocês sabem que estão vivos para fazer mais do que isto – assim o seu chamado é diferente.
Isto significa que provavelmente vocês irão experienciar coisas diferentes – afinal, vocês estão na frente, assumindo a responsabilidade pelo que acontece em sua vida e no futuro do planeta.

2 – MUDANÇA

A Transformação significa mudança, e vocês terão muito disto. Isto incluirá as mudanças que vocês querem, mudanças que poderiam não querer, mudanças que vêem chegando e mudanças que os pegam de surpresa.
Para viver agora é necessário que desenvolvam um novo relacionamento com a mudança. Naturalmente, vocês gostam do conforto de saber o que estará acontecendo em seguida e de estarem em território familiar.

Ser hábil em viver agora, entretanto, significa que vocês devem trocar o seu colchão de conforto e descobrirem a coragem de montar no dragão da mudança. Afinal, vocês vivem em 2012 – o ano do dragão! É um ano com o potencial de novos inícios auspiciosos, reviravoltas dramáticas da tendência atual, e catalisadores impetuosos para a mudança em grande escala.

3 - O DESPERTAR

O Despertar da Humanidade em curso há décadas, está ganhando impulso e 2012 será um ano culminante, abrindo o caminho para um despertar ainda maior nos próximos anos.

Algumas pessoas que vocês conhecem – não interessadas ainda em qualquer coisa espiritual ou metafísica – começarão a lhes fazer perguntas durante estes tempos. Eles lhes perguntarão por que a sua própria presença estará transmitindo as novas energias. Eles irão querer saber o que está acontecendo e como isto se relaciona com elas.

4 – TEMPO

O Tempo está começando a significar algo muito diferente para aqueles que vivem agora. Nenhuma geração anterior teve esta experiência.
O que está acontecendo? Algumas das mudanças nas percepções do tempo se originam da aceleração do mesmo. A mudança na percepção do tempo se refere também à consciência.

A humanidade está se tornando cada vez mais consciente do seu próprio despertar e sabendo que o tempo é curto para descobrir a infinidade de dilemas. Portanto, a perspectiva do tempo está mudando. As pessoas estão colocando mais esforço em coisas que elas poderiam ter esperado de outra forma. Anteriormente, havia uma tendência em pensar que havia muito tempo para resolver os problemas e para re-configurar o impraticável. Agora há mais urgência. As pessoas, no seu âmago, têm o conhecimento de que elas devem mudar a fim de prosperarem e sobreviverem.

Durante os próximos anos, os principais alinhamentos planetários irão contribuir para a intensidade das coisas – catalisando forças de revolução e de evolução de uma forma grandiosa. As energias serão um poderoso catalisador para as mudanças positivas em todos os aspectos da sociedade, incluindo um retorno ao coração e a um modo de ser centrado nele. Como parte do processo evolutivo, os humanos podem ser transformados em uma forma mais elevada que inclui o feminino divino e que mantém um equilíbrio entre o masculino e o feminino. A Humanidade então irá incorporar o remédio para a cura das guerras, da mesquinhez e da ganância na Terra.

5 – RELACIONAMENTOS

Os Relacionamentos sempre foram o vínculo e o catalisador para as suas mudanças, o seu crescimento e a sua prosperidade. Naturalmente, vocês aprenderam com eles, ainda que isto levasse um longo tempo – para compreender algumas lições.

No entanto, agora os relacionamentos podem e realmente lhes ensinam de um modo acelerado. Cada um é uma oportunidade preciosa, ajudando-os a desenvolver mais o amor próprio e a entrar em seu verdadeiro poder de criar conscientemente a partir do amor. Realmente, os relacionamentos desta vida são a chave fundamental para a sua ascensão às frequências mais elevadas.

O desafio durante 2012 é apreciar todo e cada relacionamento que vocês têm e cada lição que ele ensina. Trata-se de aprender a respeitar e a valorizar os seus relacionamentos. Vocês estão descobrindo como se relacionar com os outros sem medo, como ajudar de uma forma amorosa e como se conectarem com o seu mundo de uma forma mais ampla.

A chave é recordar a ligação de todos os seres, e vir a partir desta perspectiva em vez de se concentrarem em como vocês são diferentes. Quando vocês fazem isto, acessam uma janela para experimentar mais as sincronicidades que afluem naturalmente das interações humanas.

O QUE VEM EM SEGUIDA

O que vocês estão aprendendo a fazer agora pode parecer uma tarefa monumental às vezes. Saibam, entretanto, que vocês estão codificados a um nível de DNA para estarem na vanguarda agora – aprendendo novas abordagens e recordando coisas de que tinham se esquecido.
Dêem um passo de cada vez, assim como vocês tomam uma respiração de cada vez. Quando tiverem dúvidas, lembrem-se do seu papel de Criadores Divinos das Mudanças. Nem todos estão neste papel ainda, mas vocês estão. Não se preocupem com o fato de que onde outros estejam no caminho – concentrem-se em seus próprios passos.

Como um Criador de Mudanças Divino, vocês estão dominando como viver no presente, como expressarem apropriadamente o poder, e a se tornarem conscientes dos seus sentimentos, pensamentos e ações. Cada nova habilidade que vocês dominam se torna uma semente que é plantada para que outros sigam os seus passos.

Enquanto vocês continuam a jornada da descoberta de sua natureza divina, nós os envolvemos com o nosso amor e bênçãos.

Nós somos O Conselho dos 12.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


“E os velhos se apaixonarão de novo…” 

Rubem Alves


    Meu amigo não chegou na hora marcada. Telefonou dizendo que estava num velorio. Chegou atrasado, atrasado, sorridente. E me contou que fora no velório que lhe viera aquela felicidade. Pensei logo que o morto deveria ser seu inimigo. Não era. Um tio, muito querido, pessoa doce 82 anos. E ele me contou uma estória de um amor… Parece que seu velho corpo não suportara a intensidade da felicidade tardia, e os seus músculos não deram conta do jovem que, repentinamente, dele se apossara.
    O amor surgira no tempo em que ele é mais puro: a adolescência. Mas naqueles tempos havia uma outra Aids, chamada tuberculose, que se comprazia em atacar as pessoas bonitas, os artistas, os apaixonados — esses eram os grupos de risco. Pois ela, a tuberculose, invejosa da felicidade dos dois, alojou-se nos pulmões do moço, que teve de ir em busca de ar puro, no alto das montanhas, sanatório, tal como Thomas Mann descreve em seu livro -”A montanha mágica”. Quem ia para tais lugares despedia-se com um “adeus”, um olhar de “nunca mais”. Na melhor das hipóteses, muitos anos haveriam de passar antes do reencontro.
    Imagino o sofrimento da jovem dividida: o corpo, naquela casa, a alma por longe terra! Na vida daquela menina, que surda, perdida guerra… (Cecília Meireles).
    Valeram mais os prudentes conselhos da mãe e do pai: não trocar o certo pelo duvidoso. Vale mais um negociante vivo que um tuberculoso morto. E aconteceu com ela o que aconteceu com a Firmina Dazza, que de longe e às escondidas namorava o Fiorentino Ariza, na estória de Gabriel García Márquez Amor nos tempos do cólera, que foi obrigada pelo pai a se casar com o doutor Urbino: não se troca um médico por um escriturário. Casou e com ele ficou até que, depois de 51 anos, veio a libertação… Como também o foi o amor de T.S. Eliot e Valerie. Todos eles amores de velhice…
    Amor de mocidade é bonito, mas não é de espantar. Jovem tem mesmo é que se apaixonar. Romeu e Julieta é aquilo que todo mundo considera normal. Mas o amor na velhice é um espanto, pois nos revela que o coração não envelhee jamais. Pode até morrer, mas morre jovem. “O amor retribuido sempre rejuvenesce”, dizia Eliot, no vigor de sua paixão, aos 70 anos…
    A estória que meu amigo contou era parecida com a do Florentino e da Firmina. Só que a espera foi muito maior. Amor de adolescencia interrompido – cada um seguindo seu caminho, diferentes, outros amores, familias. Mas o tempo não consegue apagar. A psicanálise acredita que no inconsciente não há tempo…Somos eternamente jovens.
    Ela casou. Ele casou. Nunca mais se viram. Quando ele tinha 76 anos, ficou viúvo. Quando ela tinha 76 anos (ele tinha 79), ela ficou viúva. E ficou sabendo que ele estava vivo. A curiosidade e a saudade foram fortes demais. Foi procurá-lo. Encontraram-se. E, de repente, eram namorados adolescentes de novo. Resolveram casar-se.
    Os filhos protestaram. Eles, os filhos, todos os filhos, não suportam a idéia de que os velhos também têm sexo. Especialmente os pais. Pais velhos devem ser fofos, devem saber contar estórias, devem tomar conta dos netos. Mas velho apaixonado é coisa ridícula. Não combina. Mais detalhes no livro da Simone de Beauvoir sobre a velhice. E houve também aquela estória do programa Você decide: o velho pai, infeliz a vida inteira com a esposa, encontra uma mulher por quem se apaixona. A pergunta: ele deve ou não deve deixar a esposa para viver o novo amor? Você decide… A decisão do público — os filhos, evidentemente: “Não, ele não deve viver o novo amor…” Os filhos sempre decidem contra o amor dos pais. Mas, na nossa estória, os dois velhos deram uma solene banana para os filhos e foram viver juntos em Poços de Caldas.
    E de repente, já no crepúsculo, as arvores que todos julgavam secas começama soltar brotos, florescem. Viveram um ano de amor maravilhoso, e ele até começou a escrever poesia e voltou a tocar o violino que ficara por mais de 50 anos sobre um guarda roupa, porque a esposa não gostava de música de violino.Reaprendeu as antigas palavras de amor. Confessou ao sobrinho: “Se Deus me der dois anos de vida com esta mulher, minha vida terá valido a pena…” Bem que Deus quis. Mas o corpo não deixou.Não teve dois anos, teve um…e eu fiquei pensando que esse um ano pode ter sido semelhante àquelas eperiencias raras que a gente tem, e que fazem brotar, do fundo da alma, aquele grito de exultaão, a la Zorba: “Valeu a pena o Universo ter sido criado, só por causa disto!
    E foi o mesmo que aconteceu com T.S.Eliot, que só encontrou o seu amor aos 68 anos, e aos 70 anos dizia que, antes do casamento, estava ficando velho. Mas agora se sentia mais jovem do que quando tinha 60.
    O amor tem esse poder mágico de fazer o tempo correr ao contrário. O que envelhece não é o tempo. É a rotina, o enfdo, a incapacidade de se comover ante o sorriso de uma mulher ou de um homem. Mas será incapacidade mesmo? Ou será uma outra coisa: que a sociedade inteira ensina aos velhos que o tempo do amor passou, que o preço de serem amados por seus filhos e netos é a renuncia aos seus sonhos de amor? Morreu de amor, como temia o Vinícius.
    Compreendi a felicidade do meu amigo. E também fiquei feliz. Aquele velório foi como o acorde que se toca ao fim de uma sonata: a culminancia da felicidade.Interessante que , como regra, o movimento final das sonatas é um allegro. Para tras dos adagios lamentosos! A conclusão deve ser um orgasmo de alegria. E se eu pudesse eu acrescentaria aos textos sagrados, nos lugares onde os profetas tem visões de felicidade messianica, esta outra visão que eu penso até o proprio Deus aprovaria com um sorriso: “E os velhos se apaixonarão de novo…”
    Começa aqui o novo final para a estória. Passaram-se semanas. Eram dez horas. Eu estava trabalhando no meu escritório. O telefone tocou. Voz aveludada de mulher do outro lado.
    — É o professor Rubem Alves?
    — Sim, respondi secamente. Eu sou sempre seco ao telefone.
    — Quero agradecer a belíssima crônica que o senhor escreveu com o título: ” …e os velhos se apaixonarão de novo”. O senhor já deve ter adivinhado quem está falando….
    — Não, respondi. Por vezes eu sou meio burro. Aí ela se revelou:
    — Sou a viúva.
    Foi o início de uma deliciosa conversa de mais de 40 minutos, interurbano, em que ela contou detalhes que eu desconhecia. O medo que ela teve quando ele resolveu mandar consertar o violino! Ela temia que os dedos dele já estivessem duros demais… Ah! Que metáfora fascinante para um psicanalista sensível! Sim, sim! Nem os violinos ficam velhos demais, nem os dedos ficam impotentes para produzir música! E aí foi contando, contando, revivendo, sorrindo, chorando — tanta alegria, tanta saudade, uma eternidade inteira num grão de areia… Ao terminar, ela fez esta observação maravilhosa:
    — Pois é, professor. Na idade da gente, a gente não mexe muito com sexo. A gente vive de ternura!
    O que me fez lembrar a observação de Kundera sobre a necessidade “de salvar o amor da tolice do sexualidade”. A sexualidade pertence à ordem da poesia. Abelardo e Heloisa se amaram até a morte.