sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2012





Feriado de ano novo é bom para curtir as férias, viagens, praia, campo. 
Mas quando não temos um trabalho que gostamos durante o ano, não temos obrigações, não temos compromissos, tudo isso fica muito vazio.
E a gente  se pega dizendo: “Não sei o que fazer nas férias”.
Para poder curtir as férias de fim de ano é preciso estejamos satisfeito consigo mesmo e com o que fizemos durante o ano.
Aí então você vai poder esquecer toda a agitação e se entregar à diversão.
A diversão não acontece somente quando estamos em uma situação especial ou fazendo algo muito diferente do que a maioria faz. 
A diversão acontece também quando tomamos um copo d’água fria no verão, quando olhamos para o filho com carinho, quando olhamos para um amigo com compreensão, quando você curte a companhia de alguém e a alegria de estar naquele lugar, naquele momento.
A alegria é muito simples. Por isso, não vamos imaginar que o máximo de diversão virá de coisas grandiosas.
Quando o ano novo chegar, aproveite para celebrar também a alegria de estar vivo e desfrutar todas as maravilhas dessa imensa criação de Deus e agradece-Lo muito  e sempre por tudo o que temos.
Torço para que em 2012 tenhamos a oportunidade de crescer muito e realizar todos os nossos sonhos.
Beijão !!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sugestão de presentes de Natal...

Para seu inimigo, perdão;
Para um oponente, tolerância;
Para um amigo, seu coração;
Para tudo , caridade;
Para toda criança, bons exemplos;
Para vc: Respeito, Paz, Saúde, Amor e MUITA  felicidade.


Desconheço   autoria.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pentimentos


Há uns quinze dias atrás tive a oportunidade de estar com colegas e amigos do tempo do ginásio. Foi uma experiência deliciosa, que me despertou esse sentimento, que hoje aprendi chamar-se 'pentimento'.
Em tempo de astral de Mercúrio retrogrado, eclipse lunar, ano novo chegando, que nos pedem REver, REvisitar valores, sentimentos, atos, gestos e REtomarmos ou desligar-nos deles, ler esse artigo é ganhar uma ferramenta para auxiliar nessa empreitada emocional tão importante , para que não carreguemos pesos desnecessários e possamos abrir espaço para o novo.
Contardo Calligaris é um dos profissionais mais competentes que já vi para tal.
Divirtam-se e bom trabalho !!


Contardo Calligaris - Pentimentos




Na Folha de hoje.


""Pentimento" é a palavra italiana para arrependimento, mas designa (em muitas línguas) uma pintura, um desenho ou um esboço encoberto pela versão final de um quadro.


Às vezes, com o passar do tempo, a tinta deixa transparecer uma composição em cima da qual o artista pintou uma nova versão.


Outras vezes, os raios-x dos restauradores desvendam opções anteriores, que permaneceram debaixo da obra final. Esses esboços ou pinturas, que o artista rejeitou e encobriu, são os pentimentos, que foram descartados sem ser propriamente apagados.


Visível ou não, o pentimento faz parte do quadro, assim como fazem parte da nossa vida muitas tentações e muitos projetos dos quais desistimos. São restos do passado que, escondidos e não apagados, transparecem no presente, como potencialidades que não foram realizadas, mas que, mesmo assim, integram a nossa história.


Pensei nisso assistindo a "Um Dia", de Lone Scherfig, que estreou na sexta passada. O filme é a adaptação do romance homônimo de David Nicholls (Intrínseca), que foi uma das leituras que mais me tocaram neste ano e que já comentei brevemente na coluna de 21 de julho.


O livro e o filme (cujo roteiro é do próprio Nicholls) contam a história de Emma e Dexter, que são unidos pelo pentimento: cada um deles é o grande pentimento do outro -ou seja, ao longo dos anos, cada um é, para o outro, a lembrança de que um outro destino teria sido possível.


Reflexões, saindo do cinema:


1) Nossas vidas são abarrotadas de caminhos que deixamos de pegar; são todos pentimentos, mais ou menos encobertos: histórias que não se realizaram. Por que não se realizaram? Em geral, pensamos que nos faltou a coragem: não soubemos renunciar às coisas das quais era necessário abdicar para que outras escolhas tivessem uma chance. E é verdade que, quase sempre, desistimos de desejos, paixões e sonhos porque custamos a aceitar que nada se realiza sem perdas: por não querermos perder nada, acabamos perdendo tudo.


Emma e Dexter, por exemplo, ficam cada um como pentimento do outro porque nenhum dos dois consegue renunciar à sua insegurança (que é, aliás, o que os torna tão tocantes e parecidos com a gente): ela morrendo de medo de ser rejeitada, e ele, sedento de aprovação, fama e sucesso.


2) O problema dos pentimentos é que eles esvaziam a vida que temos. O passado que não se realizou funciona como a miragem da felicidade que teria sido possível se tivéssemos feito a escolha "certa". Diante disso, de que adianta qualquer experiência presente? Emma e Dexter, por exemplo, são condenados a fracassos amorosos pela própria importância de seu pentimento.


3) Nem sempre os pentimentos são bons conselheiros -até porque, às vezes, eles são falsos (esse, obviamente, não é o caso de Emma e Dexter). Hoje, é fácil esbarrar em espectros do passado: as redes sociais proporcionam reencontros improváveis e, com isso, criam pentimentos artificiais. Graças às redes, uma história que foi realmente apagada da memória (não apenas encoberta) pode renascer como se representasse uma grande potencialidade à qual teríamos renunciado.


No reencontro, um namorico da adolescência, insignificante e esquecido, transforma-se em (falso) pentimento, ou seja, numa aventura que poderia ter aberto para nós as portas do paraíso (onde ainda estaríamos agora, se tivéssemos ousado trilhar esse caminho).


Quando examino as fotos de minhas turmas do colégio, sempre fico com a impressão de que deixei amizades e amores inacabados ou nem começados, mas que teriam revolucionado meu futuro. É como se me perguntasse "Quem era minha Emma? Para quem eu era o Dexter?", fantasiando pentimentos de relações que nunca existiram.


Somos perigosamente nostálgicos de escolhas passadas alternativas, que teriam nos levado a um presente diferente. Se essas escolhas não existiram, somos capazes de inventá-las -e de vivê-las como pentimentos.


Avisos: os pentimentos não são necessariamente recíprocos, e os falsos pentimentos, revisitados, são pequenas receitas para o desastre.


4) Estreia amanhã "As Canções", de Eduardo Coutinho. Homens e mulheres cantam a música que foi crucial na sua vida (e explicam por que ela foi crucial). Em alguns casos, especialmente tocantes, as músicas são trilhas sonoras de pentimentos. "

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sobre curas ...

CURA REAL
Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja também extinta.
A cura real somente acontece do interior para o exterior .....
Sim, diga a seu médico que você tem dor no peito,
mas diga também que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.
Conte a seu médico que você tem azia,
mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.
Relate que você tem diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer tb que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso de suas frustrações.
Mencione que você sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo,  com a autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.
Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em si o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoísmo.
Não querem mudar de vida.
Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.
Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.
Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.
Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepçãoem relação a perdas experimentadas.
Suplicam auxílio para os problemas de tireóide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.
Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais do passado.
Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos.
Deus nos fala através de mil modos; a enfermidade é um deles e por certo, o principal recado que lhe chega da sabedoria divina é que está faltando mais amor e harmonia em sua vida.
Toda cura é sempre  uma auto cura e o Evangelho de Jesus é a farmácia onde encontraremos os remédios que nos curam  por dentro.
Há dois mil anos esses remédios estão à nossa disposição.
Quando nos decidiremos?
 
Livro: O Médico Jesus
José Carlos De Lucca

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cuidado Com os Burros Motivados

Hoje vou postar uma entrevista muito interessante que sei, despertarão muitas reflexões.
Pelo menos eu espero ...

Essa é uma entrevista realizada pela Revista Isto É, com o médico psiquiatra Dr. Roberto Shinyashiki.
O texto é um pouco longo, mas vale a pena dedicar uns minutinhos a ele.

 ISTOÉ - Quem são os heróis de verdade?

 Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro  importado, viaja r de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas  deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares  de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são  tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida,
 a maioria se convence dej que não valeu a pena porque não conseguiu ter o
 carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça
 que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de
 pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que
 trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os
 outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

 ISTOÉ - O sr. citaria exemplos?

 Shinyashiki - Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro  miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.  Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima  da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido,mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado,  mas o faz se sentir seguro.

 ISTOÉ - Qual o resultado disso?

Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer
preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês,
informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única
coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a
desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a
infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão
discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo
corporativo.

ISTOÉ - Por quê?

Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar
pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing
pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas
as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia
demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como
falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até
porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações
públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não
passaria da primeira etapa.


 ISTOÉ - Há um script estabelecido?
>
Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente
 de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos
 respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de
cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar". É exatamente o que o Chefe
quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser organizado
ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma
forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do
poder. O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
"Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso
significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se
preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se
preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o  maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há  muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da
faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou
incompetente e não acordou para isso.

ISTOÉ - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que
os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o
ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta
para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem
nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem
que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes
para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que
preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem
pose de que está tudo bem.
ISTOÉ - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos
em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando
os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O
técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles
não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você
quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com
uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham". Pode
parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela
certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que
não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o
super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTOÉ - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A
gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de
errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque
acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será
positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é
delas.

ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer
essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz
minha vida fluir mais facilmente. Há várias coisas que eu queria e não
consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho
mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma
criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou
massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto
foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu
certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu
respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas
cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é
precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é
buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso
desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os
MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas
próprias potencialidades.

ISTOÉ - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras
da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se
ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de
estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que
puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há
um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o
sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um
estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não
casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do
casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a
família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a
praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em
hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez
pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior
parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me
sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu
sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a
felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se
arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de
ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a
vida.

domingo, 16 de outubro de 2011

Sobre superações...


Há muitos dias tenho tentado escrever, mas a tristeza é tanta que tem me imobilizado para tudo que me dá prazer.
Tenho me detido em realizar atividades braçais para amortecer as dores do emocional.
Com isso as reflexões vão ficando pobres e a esperança torna-se algo distante.
Hoje quando vi  essa figura, me senti tal qual esse bonequinho.
Confio que é necessário continuar a ter Fé, mas onde está a força para virar essa página?
O que tenho feito que não consigo?
O que é minha contribuição e o que é contribuição  da vida para que essa pagina esteja tão pesada???
De onde tirar a força para que eu possa virá-la de vez?
Estou num tempo  de Eremita, onde é necessário que usemos nosso conhecimento interior, a nossa luz própria para encontrar o caminho para as soluções, mas a vida nos deixa tão extenuada que acabamos por não ver essa luz.
É assim que me sinto, tão bem dito por uma amiga querida.
Então minha carta do Taro  de hoje foi o 2 de ouros. Uma carta que fala da necessidade de nos harmonizarmos com o ambiente que nos cerca, de lidarmos com nossos problemas de forma mais alegre.
Tenho sentido muita falta de minha alegria....de meu sorriso  e meu riso.....de minha leveza....de ouvir minha própria voz.....
Que Deus me dê forças para conseguir transformar esse tempo  de minha vida, pois não me reconheço desse jeito.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sobre faxinas.....



"Quando fazemos uma faxina em nossa casa, por exemplo, o momento da limpeza é tumultuado, os móveis estão todos virados, fora do lugar. Há barulho, confusão e a sujeira fica mais aparente. Estamos nesta fase. Mas quando a faxina acaba e a casa fica limpa, organizada, dá sempre aquela sensação de paz e bem estar. Pois é justamente para este momento que precisamos caminhar e para isso não dá pra deixar tudo revirado, fora do lugar. Temos é que aproveitar que a sujeira está sendo tirada debaixo do tapete e encarar de frente o que precisa ser transformado. Até porque neste processo certamente encontraremos muitos recursos e coisas valiosas que estavam bem guardadas, dentro de nós. Podemos encontrar a nossa essência mais verdadeira, aquilo que de fato é o mais valioso para nós.
Assim, é hora de encarar os desafios com determinação e dedicação e fazer o que o universo está pedindo, transformando e consolidando novos padrões, dentro e fora de nós."  Titi Vidal

Gosto muito  de metáforas, penso que elas traduzem idéias, conceitos que podem parecer abstratos mas que trazidos ao dia a dia acabam sendo entendidos e compreendidos.
Fazer faxina cansa e como!!!
Vamos levantando tudo , varrendo, limpando, recolhendo peças perdidas, tais como, lápis velho,  pedaços sumidos de quebra cabeças, bolinhas, dados de jogos, botões e quantas vezes não encontramos brincos ou tarrachas deles ou pulseiras, correntes que nos fizeram tanta falta num determinado momento. E então depois de tudo limpo, por vezes até enceramos móveis e pisos para valorizar a limpeza que fizemos. 
Então é chegada a hora de pegar tudo o que foi encontrado e selecionar. Ver o que é possível ser recolocado  de onde foi perdido , o que não é mais necessário jogar fora e com cuidado guardar nossas jóias  seja pela memória afetiva seja para que seja usada numa nova oportunidade.
E ao final da faxina, quando se toma um banho e senta-se naquele espaço arrumado, o cansaço vem e paralisa. As dores se manifestam, o silêncio impera mas a sensação de alegria por ter conseguido é imensa.
Só desejamos tomar algo que nos ajude a aliviar a dor e o cansaço, dormir e acordar no outro dia pronta para viver a vida com tudo o que ela lhe trouxer.
Pelo menos é assim que me sinto....acabando com meu cansaço e alegre a espera de que os sinais que venho recebendo da vida me tragam as boas novas de que necessito.
Que Deus nos ajude e abençoe!!!
E vc ? Como anda sua faxina???

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sobre valores .....

Este vídeo traz uma deliciosa comparação do velho  e delicioso livro com as atualidades tecnológicas.
Uma inteligente brincadeira que nos mostra que o hábito  da leitura é imprescindível e prescinde das tecnologias atuais.
Eu , particularmente adoro ter um exemplar em minhas mãos, os tablets não me encantam o bastante para adquiri-los.
Os ebooks seduziram-me , mas não me conquistaram, pois eu preciso do cheiro  da página impressa, do manuseio de suas folhas, de escolher o marcador de páginas para aquele volume.
Há sensação mais gostosa do que ter um título tão bom de ser lido , que se carrega esse exemplar consigo o tempo todo,tal qual se carrega a foto  de quem se ama, a espera de momentos, em que possamos abri-lo  e ler um pedacinho que seja, num trajeto de ônibus, um horário  de almoço?
Assim são alguns valores que, de tão inscritos em nós tornam-se princípios e por eles lutamos e não abrimos mão.
Você já pensou quais são os seus? Estamos em tempo disso , mãos à obra !

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Absorvendo impactos....

Há tempos venho falando  da influência dos astros sobre nossa conduta e da importância de utilizarmos isso  a nosso favor.
Falei  da importância de darmos valor ao nosso conhecimento  de vida, de não darmos valor à vaidades, de vivenciarmos o desapego , de não termos expectativas altissimas, enfim....do processo  de reflexão pessoal.
Falei também da necessidade de levarmos adiante tal processo com franqueza e lealdade a nós mesmos.
E eis que o Sol  está deixando  a casa de Cancer para dar entrada na de Leão.
Essa passagem pede que efetivamente desapeguemos do que não nos serve e não olhemos para trás.
Parecia-me fácil , pois eu  que sou muito objetiva e franca, não tenho dificuldade de desapegar de situações, objetos e pessoas que me fazem mal, achava que ia indo bem nessa etapa.
Então, o Universo vem e me mostra que não era bem assim...
Mostra-me coisas, facetas de uma dada situação que me era muito importante, que destruiu-a, obrigando-me a enxergar tudo de outra forma. Lembram-se da carta da Torre do outro texto?
O que teria sido uma dor infinda, tornou-se uma imensa decepção, que por ser uma decepção entristeceu-me porém não foi algo desestruturador. Sinto que muito em breve, isso estará na ' prateleira do esquece'.
A "prateleira do esquece" é onde eu coloco situações, pessoas com quem me decepcionei por algum motivo  e que eu percebo que não há forma de recuperar. Coloco-as onde eu não precise mais estar em contato e não me atrapalhe, até que a vida ache um destino  a elas.
Duas lições muito importantes tiro disso. A primeira é que só consegui absorver esse impacto pois fiz 'minha lição  de casa' da reflexão pessoal  com capricho  e foco, portanto pude recorrer a meus conteúdos emocionais para que a dor não se instalasse.
A segunda lição, a qual eu ainda estou estudando é 'ter mais cuidado' com a reflexão sobre o que devemos nos desapegar, pois muitas vezes somos ludibriados por essas situações. Elas se disfarçam, saindo da forma objetiva 'de coisas que eu percebo, mas faço de conta que não percebo' em  'coisas que eu realmente não percebi porque meu desejo é muito grande', que é completamente escondida.
Minha maior arma nessa luta, que possibilitou a absorção  desse impacto foi minha racionalidade !!
Não fosse ela eu estaria derrotada. Poder ser franca comigo mesma e aceitar que errei ao analisar coisas, enfim, que errei sim.
Finalizando, concluo que ainda assim, SOU FELIZ e GRATA ao Universo pois vem possibilitando que eu perceba que estou viva e mais que viva, GUERREIRA, capaz de entrar em lutas e sair delas mesmo que derrotada, viva e com mais experiência.
É assim que construímos a maturidade.  

domingo, 17 de julho de 2011

Esperança....

Há dias essa palavra pulsa em minha mente...esperança.
Há dias meu emocional pede um texto sobre ela...
Eis que agora leio dois posts de Isabel Mueller no Facebook sobre o céu astrológico de hoje e corro aqui.
Vamos lá !
Os posts diziam o seguinte :
Domingo e a Lua segue em Aquário intuindo as ondas elétricas do futuro... Sinais de um novo tempo em nossa vida... 
Tudo pode ser diferente eloqüente semelhante abundante. O amor que se propaga é Sol que irradia, é espelho que reflete de dentro a ventania...
 Bem, esses posts são a energia para concluirmos um processo que a vida nos apresenta.
Processo que se inicia com a nossa inabilidade em assumir o desasossego  e suprimir a raiva e então  a vida muda tudo para nós.
Quando estamos nessa fase, geralmente a carta do Taro que representa é a Torre.
São aqueles fatos que acontecem em nossas vidas que derrubam tudo , pois vem acompanhados de perdas que nos colocam em crises. Perda de emprego, de parceiros, de filhos que a carta da Torre representa. Aquelas mudanças que acontecem de forma brusca e dolorida para nós, tirando-nos do conforto emocional e material.
E então parece que quando tudo ia tranquilamente, você tem que recomeçar.
Mas a Torre também traz uma outra mensagem: que a destruição não é total, que a base do que você construiu permanece, pois lá estão seus valores, emoções, atos. A vida lhe proporciona que sua torre seja reconstruída de forma diferente, com novos elementos, com mais beleza, com mais segurança.
Mas não é um trabalho fácil e mesmo que tenhamos ajuda, representados por nossos terapeutas, astrólogos, amigos, é uma tarefa que cabe a VOCE comandar. 
Somos nós quem escolhemos os materiais, a forma com que desejamos nossa nova torre.
Portanto uma tarefa que exige buscar forças em espaços onde nem mesmo imaginávamos ter. 
Enfrentar os fantasmas fazendo com que eles não gastem nossa energia com medos desnecessários.
Jogar fora os pesos que nos incomodam, desapegando do que não nos serve mais.
Sabe, aquela mania que a gente tem de 'vou guardar isso , quem sabe um dia eu use'??
Jogar fora essas coisas e abrirmos espaço, faz com que nós economizemos força para ter novas coisas, trazer novidades, carregar novos materiais.
Esse não é um trabalho fácil, pois exige lidar com pedras, com pedaços destroçados, com faltas, com frustrações.
Exige que seu Eremita lhe acolha com seu manto e sua lanterna, aquecendo-o e iluminando seu caminho com sua sabedoria.
E principalmente exige que tenhamos FÉ !
Em nosso DEUS e em nós mesmos. Assumindo que determinação é quem impulsiona a realização  de nossos desejos.
Assumindo que nem sempre o que desejamos é bom para nós e essa definição, do que é ou não bom para nós, é do Universo , de nosso Deus e não nossa, pois não detemos esse poder.
E entendendo e aprendendo que são  as situações de crise que fazem com que tenhamos novas idéias, novas soluções para as situações que se apresentam.
Nesses momentos agimos e nos perguntamos 'como conseguimos' passar por isso?
E são essas aprendizagens que irão fortalecendo  a base de nossa torre, porque vez ou outra ela será destruída novamente para que não nos acomodemos e fiquemos patéticos, ou muito pior, vaidosos, achando que sabemos tudo da vida.
Pessoalmente, tenho muita FÉ de que estou reconstruindo minha torre e ela está ficando linda, iluminada, arejada.
Penso que por isso os posts da Isabel Mueller me reverberaram tão internamente hoje.
Sinto que em breve a minha nova torre será aberta, com espaço para os todos meus queridos que a vida trouxe e quiçá um príncípe encantado !!!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A lua cheia que chega....

O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esperança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte - 
Os beijos merecidos da Verdade.
De Horizonte - Mensagem
Fernando Pessoa

     Na madrugada que se aproxima teremos uma nova lua cheia, que dizem os astrólogos será muito especial pois ela tem relações com o eclipse do início do mês.
      Segundo eles ainda, pelos posicionamentos do momento, será voltada aos assuntos emocionais, dos relacionamentos. Para quem tiver interesse em saber mais detalhadamente sugiro uma visita ao site da Titi Vidal http://titividal.com.br/lua-cheia-de-cancer/ .
     Bem, já falei aqui da necessidade do silêncio para refletir, do perigo do excesso  de expectativas, da importância da gratidão e hoje quero falar da importância da FÈ.
      Não estou me referindo à fé religiosa, pois essa possui um limiar muito tenue, podendo transformar-se rapidamente de inexistente à fanatismo , sem que não percebamos.
       Falo  da FÉ na vida, nas pessoas, em vc mesmo , em seus sentimentos, seus desejos. Do quanto acreditamos que somos capazes, do  quanto aceitamos nossas limitações e de como reagimos às limitações que o mundo nos coloca.
        Queremos tanto, desejamos tanto, sonhamos tanto, mas quanto nos movemos para materializar esses desejos? Estamos acostumados a sonhar, mas não  a pensar em como fazer para torná-los realidade.
      Ontem compartilhei um texto no Facebook, que entendi serem as ferramentas de ação para começarmos a agilizar nossos sonhos, vejam:
"Sente saudade? Ligue. Quer encontrar? Convide. Quer compreensão? Explique-se. Tem dúvidas? Pergunte. Não gostou? Fale. Gostou? Fale mais. Tá com vontade? Faça. Quer algo? Pedir é a melhor maneira de começar a merecer. Se o "não" você já tem, a tentar, só corre o risco do "sim"... A vida é uma só!!!"
        Enquanto ficarmos apenas na posição de "se"...se acontecer, se eu ganhar, se ele disser...nossa vida não sairá do sonho.

     
    Vamos ultrapassar esse 4 de Copas e buscar nossos sonhos aproveitando que o céu está nos ajudando.
      Como bem disse a Titi Vidal :
    "Mas é importante unir planejamento, cautela e praticidade ao dar cada passo, para que as emoções se sintam mais guiadas e protegidas. É importante, também, que haja coerência entre os pensamentos, os sentimentos e as ações. Ou seja, para agir, é importante ter certeza que está sendo feita a coisa certa e que realmente há verdade em cada ação. Também é fundamental que haja esta ação, acompanhando aquilo que até então era apenas pensamento, sentimento, desejo. Em outras palavras, o céu está pedindo a materialização de tudo aquilo que internamente vem sendo pensado, sentido e processado e está dando uma grande ajuda para isso.
      Então pessoas, vamos lá, que venha a linda e forte Lua cheia !!!!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Expectativas....







Acabei  de ler mais uma coluna do Contardo Calligaris, um psicanalista que escreve para a Folha de São Paulo. O link do artigo é http://sergyovitro.blogspot.com/2011/07/contardo-calligaris-e-facil-desistir-de.html
Mais uma vez ele conseguiu traduzir condutas pessoais de forma clara, objetiva e certeira, o que para muitos pode ser até dolorosa.
Remeteu-me então à algo que fiz esta semana que foi muito especial pra mim.
Fiz uma 'constelação'.
Para quem não conhece, como eu não conhecia, é uma técnica onde, junto com um profissional , vc repensa suas relações ,as entende e tenta reconstruí-las internamente. Isto  de maneira bem simplória. Foi uma experiência LINDA !
Uma das coisas mais legais de se fazer algo desconhecido, é a falta de expectativa sobre se deve acontecer desta ou daquela forma. Poder entregar-se de forma aberta, para o que vier, buscando seu auto conhecimento e a melhoria de suas relações. Acho essas situações as mais férteis que acontecem em nossa vida.
A questão  das expectativas que me foram designadas pela vida, por meus pais, foi o conteúdo que primeiro apareceu, trazendo consigo as expectativas que eu mesma criei e crio na vida para mim e os de minha volta.
Procuro ser muito atenta a isso, sobre não esperar demais ou esperar mais do que possam me dar, mas como humana, sou fálivel e por vezes cometo erros e sofro.
Foi então que li o seguinte trecho no artigo:


"O fato é que somos complacentes com as expectativas dos outros (que amamos ou não) à condição que elas nos convidem a desistir de nosso desejo. É isso mesmo, a frase que precede não saiu errada: adoramos nos conformar (ou nos resignar) às expectativas que mais nos afastam de nossos sonhos."

Pensei quantas vezes desistimos de nossos sonhos, 'culpando' alguém (parceiros, pais) por não termos feito algo , quando na verdade isso esconde a possibilidade de não sermos bons, naquilo que sonhamos?
Lembrei  de minha história de vida. Não abri um consultório  de Psicologia porque investi meu dinheiro num casamento e porque minha mãe sonhava que eu fosse professora, mas lá no fundo , porque eu achava que talvez não fosse uma profissional competente.
Hoje vejo que eu teria sido uma boa profissional e por outras vias acabo usando meu conhecimento e meu consultório em breve estará montado para o Taro  e a Radiestesia, sinal  de que dei credibilidade a mim mesma , ao ter reconhecido isso.
Que tal aproveitar o céu dos eclipses que pedem reavaliação  e descarte do que não serve, para pensar e reavaliar as coisas ?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sobre dores...

São 5,30hs , eu acordei sozinha....coisa rara, principalmente com esse frio e sem compromissos.
Resolvi fazer uma das coisas que mais gosto, passar pelos quartos e olhar meus filhos.
Cubro  a Dedé que invariavelmente esta descoberta, ajeito os travesseiros de Cela, que lhe entortam o pescoço, viro o Fe pra ele respirar melhor e até hoje, me pego perguntando onde está a Nuna.
É, eu ainda não me acostumei com ela não estar aqui mais.
Então , rezo, rezo principalmente pela benção  de ter tido eles, deles serem quem são.
Mas hoje, hoje minha oração foi por uma mãe que ainda não teve a graça de exercer esse papel.
E por todas as mães que não podem exerce-lo.
Deus nos coloca pessoas na vida que só pelo fato  de convivermos com elas, já é uma alegria.
Mauricio é uma dessas pessoas, amigo  de trabalho , que tornou-se um AMIGÃO de vida.
Juntos passamos muitos perrengues, juntos nos livramos de muitos outros, juntos invariavelmente demos e damos muitas gargalhadas.Mesmo que agora distantes.
Um cara super do bem, a quem aprendi  a amar e respeitar.
Ele e a Jana, estavam esperando a Julia e a Joyce. Faltavam ainda dois meses de gestação  e nesse final  de semana, as perdemos.
Eu sempre reagi com força nessas situações, mas desta vez me peguei de voz firme ao telefone, com as lagrimas encharcando minha roupa.
O que dizer a eles se os desígnios de DEUS são estabelecidos por ELE  e a ELE  pertencem?
Como explicar a Jana que elas são anjinhos , espiritos de Luz que olharão por ela, quando sei que simplesmente abraçar um anjinho desses nos faz outra pessoa?
Não consigo dimensionar a dor deles, mas posso imaginar e dói em mim também,
A dor de perder alguém tão desejado é uma dor com a qual não nos acostumamos, nos conformamos.
E a mim só resta pedir a DEUS que os acolha e os acalente.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sobre vaidades....

http://vimeo.com/25483143

Penso ser difícil  deixar passar um assunto como Chico Buarque, que tantas reflexões trazem à tona.
Afinal ele, como um geminiano que é, inteligente, sensível, capaz de comunicar em suas letras e músicas tantas emoções diferentes, desde sua oposição a um regime, ao romantismo, passando pela 'malandragem' da vida, só agora descobriu que as pessoas podem odiá-lo.  Que as pessoas são hipócritas e o cumprimentavam na rua e o xingavam na internet.
Isso me chocou ! Minha primeira reação foi : onde vive esse ser???
Tudo bem, conheço inúmeras pessoas que não são adeptas das tecnologias atuais, Zeca Baleiro é um deles. Não tornou-se adepto de Twitter e Facebook exatamente por ter pesquisado  e visto que não queria perder tempo nisso , pois viu que esse paradoxo hipócrita é o vigente.
Então onde vive Chico Buarque, que à entrada da velhice descobre que sua zona de conforto não é tão estabelecida como imaginava?
Vemos aí uma consequência da vaidade. Foi sempre tão valorizado , endeusado, que se achava intocável.
Já diriam os avós: 'quanto maior o coqueiro, maior o tombo'. É ponto pacífico.
Por isso quando me perguntam se eu acho o dinheiro o maior mal  da humanidade, eu digo não.
O maior mal  da humanidade é a vaidade. Pois as pessoas em sua maioria não possuem dinheiro o bastante, porém vivem elaborando situações para parecerem mais competentes que seu colega, mais bem vestidas que as amigas, saltam de um emprego  a outro atras de status, transmitem fofocas para prejudicar outrem.
Enfim.....atitudes anti éticas, desleais, desnecessárias, frutos de uma auto estima baixa, de pouco reconhecimento de seu valor e principalmente da preguiça de investir em seu conhecimento , sua experiência.
Resultado  de uma sociedade pós moderna e midiática, ou seja, vale o que aparento  e não o que sou.
Onde o que é importante é resolver meus desejos, pouco importando o desejo do outro ou do coletivo.
Diabo - Taro Mitológico

As redes sociais permitem que esses danos causados pela vaidade sejam mais drásticos e rápidos por sua disseminação tão rápida. É uma ferramente poderosa na destruição de pessoas.
Por isso pergunto a vc : há quantas anda sua vaidade ? Quais os gestos tem sido mais comum em sua vida?
Como vc vem usando as redes sociais?
Penso ser importante refletirmos sobre isso pois o mundo não se deteriora apenas pelo efeito estufa ou questões ambientais , mas por questões relacionais também !

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Da alegria de ser mãe!!!

Quando criança eu não era muito chegada a brincar de bonecas, porém adorava brincar de casinha.
Arrumar, cozinhar, e ajudar os filhos na lição  de casa, fazendo o papel da professora.
Consequência do modelo materno tão forte de minha mãe, que foi uma ótima mãe e uma ótima professora.
Ela tinha tanto orgulho  de ter filhos e eu achava que se ela pensava assim, deveria ser bom mesmo.
E como é !!! Por maior que seja a dor, o trabalho, a preocupação não há prazer mais absoluto do que ouvir esse "Mãe"....mesmo que de forma tão intensa quanto aqui em casa.
Eu sempre tive comigo que queria ser a mãe, a que coloca limites, dá os remédios, leva ao médico, mas também a que ri e brinca junto, que participa da vida deles. 
Hoje como todos os outros dias depois que soube estar grávida pela primeira vez, é um dia especial.
A Dedé, meu agito em forma de pessoa entrou na Universidade, para Relações Internacionais!!
Isso é uma alegria imensa principalmente para uma mãe educadora que sofreu muito nos vestibulares, que é educadora e defende com unhas e dentes a democratização do acesso a todos.
Então meu texto  de hoje é por gratidão  a DEUS e ao Universo que me deu esses seres maravilhosos, arteiros, inteligentes, amorosos, bem humorados, meu filhos.
Preciso agradecer também pois sou uma mulher abençoada pois além de meus filhos naturais, a vida me colocou inúmeros filhos ' de coração', que estão sempre a meu lado com quem choro, rio, acolho, peço colo.
Obrigada meu Pai e obrigada a vcs seres que escolheram estar perto  de mim.
PARABÉNS DEDÉ! Vc fez e faz por merecer, ainda que nos deixe doidos às vezes, mas vc é linda e esforçada demais !
Tenham a certeza absoluta de que AMO MUITO  vcs e as minhas crias....ahhhhh....eu os amo '14'.....risos.


A necessidade do silêncio


Vivemos num mundo onde tudo tornou-se rápido , agitado , descartável, até mesmo as relações pessoais.
A internet nos dá mais informações do que podemos absorver. Somos exigidos a produzir muito , cada vez mais rápidos, com metas cada vez mais altas.
E eu me pergunto : com que qualidade ?
Qual  a qualidade de nossas relações pessoais? Qual  a qualidade do tempo que estamos em nosso trabalho? Qual a qualidade de tempo com nossos entes queridos?
Chega um tempo onde a vida nos coloca em situações onde somos obrigados a pensar sobre essas questões que o mundo nos apresenta, e a repensar que valores temos e queremos para uma nossas etapas de vida.
Quando estamos nessa reflexão é necessário darmos voz ao nosso Eremita interno.
Está carta do Tarot nos aponta a imensa necessidade de paciência para absorver as adversidades, lidarmos com elas e com isso aprendermos a tirar lições delas.
Para tal é importante usarmos o conhecimento que já obtivemos em outras ocasiões, o conhecimento  de quem somos ou o que pensamos ou quanto aguentamos.
Nesse sentido, o silêncio , o estar só consigo mesmo é essencial.
Quem tem medo do silêncio, de conviver consigo mesmo, ainda não se ama. 
Ainda não sabe o valor de suas experiências boas ou difíceis.
Ainda não alimentou  a luz de sua lanterna, que iluminará seu caminho sempre.
Mário Quintana dizia que " devemos cuidar do jardim e não correr atrás das borboletas", pois então, cuidar de um jardim é trabalhoso.
O ancinho e arar a terra podem ferir as mãos, o adubo cheira mal, não temos a certeza de que a semente plantada florescerá.
E mesmo após o plantio, o silêncio do processo pode ser massacrante, pois só quem tem Fé crê que ali debaixo  da terra, há um processo acontecendo.
Mas é nesse silêncio que os processos de alimentação da semente pela terra acontecem e quando menos esperamos a flor estará lá.
Como tudo na vida esses são ciclos e penso que, devemos aproveitá-los ao máximo.
Há uns dias, meu Eremita anda convivendo muito próximo  de mim e tenho percebido que a lanterna dele está sendo alimentada.
Onde está o seu Eremita?
Não esqueça: tudo que brilha com luz própria, nada pode apagar!

Iniciando...

Resisti muito a ter um espaço próprio, como este, afinal gosto mais de percorrer os de meus amigos. 


Afinal eles me parecem muito mais competentes para tal.


Eis que então , me pego pedindo à Silvinha que escreva um texto para mim no blog dela. 


Para vcs que não sabem ela faz interpretações maravilhosas com seu Taro Mitológico( http://www.olhardomundointerno.blogspot.com/).


Então 'o bichinho' começou a cutucar e perguntar : pq não vc ?


E eu me rendi, abri  esse espaço para deixar coisas que li, pensei , vivi, chorei, enfim....senti como um ser em movimento.


Como essa fase astrológica aponta, hj estou em 'minha concha', quieta, pensativa e muito , mas muito densa.


Netuno criou um 'fog' imenso em meu mundo  e estou eu circulando  e tateando para tentar entender o que sinto.


O lado bom? Muito , mas muito calma.


Aos poucos vou contando mais sobre meus sonhos, metas, desejos, alegrias e tristezas....pode ser que alguns de vcs se reconheçam nessas reflexões.


Sejam bem vindos !