segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sobre dores...

São 5,30hs , eu acordei sozinha....coisa rara, principalmente com esse frio e sem compromissos.
Resolvi fazer uma das coisas que mais gosto, passar pelos quartos e olhar meus filhos.
Cubro  a Dedé que invariavelmente esta descoberta, ajeito os travesseiros de Cela, que lhe entortam o pescoço, viro o Fe pra ele respirar melhor e até hoje, me pego perguntando onde está a Nuna.
É, eu ainda não me acostumei com ela não estar aqui mais.
Então , rezo, rezo principalmente pela benção  de ter tido eles, deles serem quem são.
Mas hoje, hoje minha oração foi por uma mãe que ainda não teve a graça de exercer esse papel.
E por todas as mães que não podem exerce-lo.
Deus nos coloca pessoas na vida que só pelo fato  de convivermos com elas, já é uma alegria.
Mauricio é uma dessas pessoas, amigo  de trabalho , que tornou-se um AMIGÃO de vida.
Juntos passamos muitos perrengues, juntos nos livramos de muitos outros, juntos invariavelmente demos e damos muitas gargalhadas.Mesmo que agora distantes.
Um cara super do bem, a quem aprendi  a amar e respeitar.
Ele e a Jana, estavam esperando a Julia e a Joyce. Faltavam ainda dois meses de gestação  e nesse final  de semana, as perdemos.
Eu sempre reagi com força nessas situações, mas desta vez me peguei de voz firme ao telefone, com as lagrimas encharcando minha roupa.
O que dizer a eles se os desígnios de DEUS são estabelecidos por ELE  e a ELE  pertencem?
Como explicar a Jana que elas são anjinhos , espiritos de Luz que olharão por ela, quando sei que simplesmente abraçar um anjinho desses nos faz outra pessoa?
Não consigo dimensionar a dor deles, mas posso imaginar e dói em mim também,
A dor de perder alguém tão desejado é uma dor com a qual não nos acostumamos, nos conformamos.
E a mim só resta pedir a DEUS que os acolha e os acalente.

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